segunda-feira, 28 de maio de 2012

IGUAL BRIGITTE BARDOT


IGUAL BRIGITTE BARDOT

Na cidade de Mariana
Nas grandes festas da igreja
De braços dados com a mãe
Vinha a bela Olga Vieira

Nesse momento então
Não havia sequer um olhar
Que diante de tanta beleza
Conseguisse outra coisa enxergar

 (12/01/2006)


ELA É ARTISTA PLÁSTICA, E CONTINUA ENCANTANDO AQUELA CIDADE COM A SUA ARTE:
Atelier Olga Tukoff  Rua Amâncio Arinos De Queiroz - 164, Mariana-mg
www.olgatukoff.com.br/

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A ILUSÃO



A ILUSÃO

A ilusão tem uma missão importante
Chega dissimulada e é o único jeito de chegar
Tampa nossos ouvidos...
Não nos deixa enxergar!

O tempo passa e nos sentimos fortes
Muitas coisas queremos explicar
Jogamos nela, todas as culpas
Do que, não conseguimos nos desligar

Mais tarde a olhamos com justiça
E agradecemos o seu infiltrar
Reconhecemos que se não fosse ela
Certas fases não conseguiríamos enfrentar

(17/05/2012)


quarta-feira, 2 de maio de 2012




HAVIA UM HOMEM RUDE NO CAMINHO...


Quando eu era criança, sempre ia levar algum recado, numa casa muito distante da nossa.
Ia pela linha do trem, depois entrava à esquerda, num caminho de terra vermelha.

Havia vegetação dos dois lados, e nenhuma casa por perto. Eram curvas e curvas.
Andava, andava, até encontrar um bambuzal imenso. Aí tinha um caminho estreito, cercado por grama, que ia dar direto na casa daquela senhora.

Eu entrava no bambuzal, porque ele era cheio de labirintos, e eu me divertia, como se ali fosse uma casinha.
Eu nunca tinha visto ninguém nesse trajeto, apesar das muitas vezes que fui lá.

Num dia, numa das curvas, vi um homem que vinha  carregando muitas ferramentas no ombro. Ele era negro e forte, e aparentava ter uns trinta anos.
Na cabeça, tinha um pano amarrado que lhe cobria a metade da testa. No corpo, uma camisa toda rasgada, e as calças dobradas até no meio da canela.

Ele estava tão sujo de carvão, que nem dava pra saber a cor dos panos que o vestiam.
Seus pés grosseiros e descalços, andavam sem pressa.

Eu; também descalça, caminhava devagar do lado esquerdo, bem rente com a vegetação.
Quando ele me avistou,  deu um pulo para a outra beirada, andando com passos largos e apressados, rente com a vegetação do outro lado.

Eu achei estranho, e fiquei olhando pra trás, vendo-o sumir naquela curva.
Aí  pensei assim: Oh! O homem ficou com medo de mim...

Toda vez que vejo notícias sobre pedofilia, eu me lembro daquele homem, e sinto por ele, admiração... afeto, gratidão!  Depois, sobra um imenso conforto, aqui... dentro do meu peito!

"Havia um homem rude no caminho... no caminho, havia um homem rude e digno"

(16/03/2010)