EM CADA CABEÇA, UMA SENTENÇA!
Em 1990 eu fui admitida numa indústria têxtil, que tinha a sua estamparia própria. Dias depois chegou uma estagiária de Design, estudante da PUC, cujo curso era subsidiado pelo crédito educativo. Ela morava numa pequena cidade perto de BH, em companhia de sua mãe adotiva. Tinha vinte anos, e era linda... Parecia muito com a Angélica da Globo; porém, era mais bonita do que a própria.
Os fins de semana ela passava no interior. Nas vésperas de um feriado prolongado, ela estava muito ansiosa, porque ia viajar para o Rio de Janeiro, para visitar a mãe biológica e suas duas irmãs.
Enquanto a sala ao lado era preparada para acomoda-la, ela ficou trabalhando perto de mim, e nos momentos de folga conversávamos bastante.
Ela nasceu no Rio de Janeiro e quando tinha dois anos de idade, sua mãe biológica levou-a numa grande loja. Enquanto a mãe distraiu-se nas compras, ela se embrenhou no meio do povo e sumiu.
Sua mãe enlouquecida, pediu ajuda por todos os lados. No microfone da loja, uma voz anunciava o seu desaparecimento, detalhando as suas características físicas.
Depois de muita demora e sufoco, alguém apareceu com ela nos braços, e disse que a encontrou na calçada, perto da loja.
Meses depois sua mãe procurou por uma grande amiga, e insistiu para que a mesma a adotasse. Assim foi feito, e elas vieram para Minas Gerais.
Durante o seu relato ela não mencionou o pai em momento algum.
A mãe adotiva era solteira e não tinha filhos. Nunca lhe escondeu a verdade, e foi muito mais que mãe, para ela. Enquanto falava, ela se emocionou muito, referindo-se ao grande afeto que as uniam.
Ela foi a primeira filha. Depois, sua mãe teve as outras duas, e as criou normalmente.
Eu nunca tinha ouvido nada parecido. Essa moça linda e meiga, trazia no semblante uma tristeza que era fácil de se ver.
Estava na sua face... Estava nos seus lindos olhos verdes!
(23/01/2011)
São casos tristes mesmo. Mas será que, com a mãe biológica, estaria ela hoje como está?
ResponderExcluirE não é fácil, mesmo assim, ficar em harmonia. Pensar que a mãe ofereceu-a a uma outra pessoa...
Um beijo!
Minha querida
ResponderExcluirMuito triste esta história, fiquei sem palavras, e quantos casos desses há espalhados por aí.
Deixo um beijinho e resto de bom Domingo
Sonhadora
Olá Amapola
ResponderExcluirCada qual com seu destino.Acredito que essa tristeza em seu olhar, ela nunca irá perder.
Bjux
Ela deve ter problemas mesmo ao pensar na mãe que a deu pra outra,,,deve doer...beijos,chica
ResponderExcluirÉ... deve ser um sentimento estranho mesmo. Bjos.
ResponderExcluirOs olhos náo mentem, beijo Lisette.
ResponderExcluirHistoria triste, comovente, desenhos da vida...grande beijo de linda semana pra ti querida.
ResponderExcluirNão consigo pensar em fazer algo assim com os meus filhos, mas não julgo quem fez, como você disse no título do post, cada um tem os seus motivos para agir .
ResponderExcluirBeijocas
Adri
Bom dia querida Amapola!!
ResponderExcluirÉ difícil...Eu não conseguiria abrir mão de nenhum dos meus filhos. Mas não julgo está mãe.Cada um sabe a dor que carrega dentro de si...
Deve ser bem triste, ser dada...Saber que sua mãe, não pode ou não quis você...
Meu pai não nos quis, foi-se embora depois que se separou da mãe e nunca mais nos procurou...eu tinha 6 anos...
Eu gostaria de encontra-lo e tentar entender porque...
Mas ele foi para o Rio de Janeiro e depois nunca mais ninguém soube dele...
Beijos!!
Boa semana!
Oi Maria,
ResponderExcluirAdorei a sua narrativa. Mãe é realmente quem cria. Ela teve sorte de ter quem a amasse muito.
Estou seguindo vc por aqui.
Bjkas e uma ótima de semana para vc.
http://gostodistonew.blogspot.com/
Querida Amiga Amapola!
ResponderExcluirA tristeza que essa linda Moça, trazia no rosto, era talvez a falta de algo que ela não teve na sua infância, talvez o carinho de um pai,quem sabe coisas que outras creânças tiveram e ela não as teve, São tantas coisas que podem afectar uma criânça para o resto da vida.
beijinhos,
José.
Nossa :(
ResponderExcluirBeijos e boa tarde.
Obrigada pela visita, Amapola!
ResponderExcluirEsse post é muito tocante, emociona mesmo.
Beijos!
profundo...
ResponderExcluirQue história comovente, Amapoloa! Obrigado pela visita no meu blog. Bom saber que você é nativa de Mariana. Me sinto meio Marianense, já que morei lá por quase vinte anos e as minhas duas filhas foram criadas até a primeira infância lá. Já moro aqui desde 2001, depois que me aposentei. Prazer em conhecê-la. Meu abraço. Paz e bem.
ResponderExcluirO que faz uma mulher "dar" um filho ainda é para mim algo muito confuso e que não tenho uma opinião formada.
ResponderExcluirSe tivesse que opinar agora definitivamente, diria que só pode ser uma loucura sem cura, sem histórico na medicina.
Enfim... há tantos corações nesse mundo de Deus!
Ahhhhhhhh, Amapola! Corações ... somos sempre corações errabdo ou acertando, mas o importante e nunca colocar a vida do outro em risco. Se a minha vida é preciosa a do outro é bem mais que a minha!
Um beijo enorme, Querida!
Amada,
ResponderExcluirMais uma de sua lindas histórias.
Olha amada, eu nunca vou entender o fato de uma mãe abandonar, dar um filho, sei lá.
Não julgo, não condeno, mas tbm não aprovo.
Vejo a história da minha mãe, tantos filhos, uma pobreza, mas minha vó ali, com todos os filhos juntos.
Meu pai passou por isso com a mãe, e até hj tem suas marcas de dor na alma.
Não é fácil, amada.
SE fosse comigo, não iria querer conhecer minha mãe biológica, pois mãe é quem cria, mas...
Quem pode julgar o que acontece na vida do outro?
Muitas vezes, as pessoas o fazem por amor...mas deve ser uma dor horrivel.
Amada, vc sempre essa irmã queridaaaaaaaaaaa!
Tão bom receber sua visita, tão bom passar aqui, tão bom vc existir.
Beijooooooooooo
Boa noite querida. Eu sou adotiva e posso dizer que sou feliz por Deus ter colocado em minha vida minha mãezinha que amo tanto. Pena que nem todos tiveram essa felicidade.Bjos...
ResponderExcluirA adoção, por necessidade - pobreza extrema, orfandade - ou por abandono, nunca é justa para as crianças e no caso de pobreza extrema não é justa para as mães ou filhos. Eu trabalhei diretamente orientando adoções de crianças abandonadas e órfãs e agora a pouco procurando famílias das crianças abrigadas ou procurando crianças que as mães deram em adoção ou abandonaram. É raríssimo, mas raríssimo mesmo o não querer conhecer suas raízes, saber de onde veio, quem é...A maioria tem esse desejo de se encontrar, de saber quem é... O apelo do pertencer , do "sangue" é forte demais e eram encontros lindos, onde perdão nem era uma palavra cogitada pelas crianças, mas sempre solicitado pelas mães ou pais. Sua história tão lindamente descrita trouxe à reflexão um dos maiores bens que o Programa Bolsa Família - tão criticado - trouxe às nossas crianças,é quase zero o abandono por pobreza extrema. Este texto merecia uma discussão bem profunda. Parabéns pela Postagem.
ResponderExcluirBeijo carinhoso de dia lindo pra ti querida.
ResponderExcluirOi...Amapola...
ResponderExcluirPassando pra agradecer sua visita e tb su presença no meu cantinho...muito me honra!
Gostei muito daqui...dos seus textos...das suas verdades...
deixo bjo grd!
Zil
Oi Amapola linda Amapola, obrigada pela visita e por ficar, já estou ficando e voltarei mais tarde para conhecer por completo o seu cantinho.bjs.
ResponderExcluirOlá meu anjo, muito obrigado pela visita , beijos de jujubas e muita luz ...to te seguindo tbm ok/ abraços
ResponderExcluirFico pensando admirada como uma história pode ser triste (a menina foi entregue pela mãe biológica) e feliz (ela se dá bem e é amada pela mãe adotiva) ao mesmo tempo. São os mistérios da vida...
ResponderExcluirTriste mas ele teve sorte de ter na sua vida alguém que dedicou amor e atenção, coisa que talvez a mãe biológica não daria.
ResponderExcluirBeijooO*
Oi Amapola...
ResponderExcluirEu tenho um sobrinho, que é meu filho, meu afilhado, meu amigo...que minha irmã gerou em seu coração.
Não existe tristeza no olhar dele...e só alegria é o nosso viver depois que ele chegou.
Nem todo mundo tem a mesma aceitação...isto é triste.
Pois pai, mãe e família, são os que te recebem de braços abertos e te amam.
A mãe biológica nem sempre tem outra escolha...Por isso sempre lembro da do meu sobrinho e peço a Deus que lhe aquiete o coração, onde quer que ela esteja!
Beijos
Amapola,
ResponderExcluirÉ nos olhos de uma pessoa que vemos
sua alma , seu interior ...
Neles tudo é claro , basta querer ver.
Bjo.
Minha querida amiga, são casos de vida que
ResponderExcluirvocê expõe no seu blogue e na vida há
por vezes, mais casos tristes que alegres.
Você expõe sempre muito bem.Obrigada por isso.Não sei se já lhe disse que criei
um novo blogue ainda bebé, que é:
http://sinfoniaesol.wordpress.com
se quiser dar uma olhada e deixar umas palavras.Beijinho/Irene
Beijo carinhoso de bom dia pra ti querida amiga,,,paz e poesia sempre...
ResponderExcluirAmadaaaaaaaaa!
ResponderExcluirVi que vc postou aquele texto sobre corrupção, mas não consegui postar ali, então vim deixar um abraço aqui e dizer que qdo vi esse filme do Chico Xavier, tbm choreiiiiiiiii feito criança.
Chico faz tanta falta meu Deus.
Amada, obrigada por ser essa irmã tão especial em minha vida.
...é, as pessoas escondem e ao mesmo tempo revelam suas vidas através de seu semblante. Por isso não devemos julgar nunca pois só Deus sabe mesmo porque uma pessoa é do jeito que é.
ResponderExcluirGrata por nos fazer pensar nisso.
Abraços no coração!
Realmente, ter filhos para depois dá-los, não entra na minha cabeça, mas como disse... cada cabeça uma sentença.
ResponderExcluirGostei daqui, virei outras vezes.
Beijo e tenha uma ótima semana.
Sim...algo muito estranho...doentio é doar um filho...não consigo achar normal...por que não achei normal meu próprio feito (tres dias após minha filha ter nascido!!) já estava totalmente desnorteada...eu havia passado os nove meses,,,(digo...8 e poucos...) pelas casas...casas dos outros,,,de um e de outro,,,fazendo as tarefas,,,achando uma faxininha aqui,,,e outras,,,por que não estava tendo a atenção e apoio que eu esperava ter da família onde minha mãe me deixou aos três anos...então nesse período de gestação foram todos (dificilimos) p mim...(não esperava das pessoas (do pai dela) tanto abandono!!! passou!!!! doeu na alma!!!! menos de um ano depois ,,eu já estava morando com uma pessoa com quem viria me casar depois...até hoje,,,tem luta na justiça por minha filha....(eu tentei busca~la logo em seguida...mas a pessoa que estava com ela...(tinha se mudado) eu estava sozinha e ainda assim sem apoio...
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